quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O poder da imagem na era digital - Protestos no Egito

Comecei a escrever este post no dia 04/02 onde fazia mais sentido, mas como estou naquelas de terminar o que já comecei, então lá vai...

Hoje vi um caso interessante, uma notícia do G1 "Foto de brasileiro é usada em manifestação de apoio ao Egito" esta é uma foto tirada por um brasileiro em um protesto de camelôs em São Paulo e está sendo usada como símbolo dos protestos no Egito.
 Fonte: notícia G1
Como vocês podem ver a foto mostra dois policiais e um garotinho, que, aparentemente tem uns 10 anos, "enfrentando" os policiais. Tudo a ver com o Egito, onde o povo, que parecia frágil, se uniu e se organizou derrubando o ditador Mubarak no dia 11/02.

Primeiro, aquela velha história de que uma imagem vale mais que mil palavras, e que apesar de ter sido tirada de um outro contexto, cabe perfeitamente aos protestos que derrubaram Mubarak.

Segundo, a internet e o poder da imagem: com certeza aquela foto deve ter sido encontrada no Google images digitando as palavras "protests" ou mesmo "war" então, como a imagem fala por si só, foi amplamente distribuída, apesar dos direitos autorais e etc (que no meu ponto de vista precisam ser revistos...mas isso fica pra outro post) foi impressa e serviu como um dos símbolos para as vozes dos protestos. Até porque os Egípcios falam Árabe e não a língua global, o inglês, então, mais do que simples imagem, ela representou a comunicação do povo naquele momento. Sobre as questões de direito de imagem, me faz lembrar as aulas de Ciências da Comunicação na Faculdade "A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica" Adorno, Horkheimer e Walter Benjamin e tudo aqulio lá que eu aprendi sobre Escola de Frankfurt, que poderia até ser atualizado para "A obra de arte na era da sua reprodutibilidade e distribuição digital real time e globalizada" hehe

Terceiro, a internet como ferramenta: a internet com certeza foi um fator de grandessíssima ajuda para que os protestos pudessem ser formados, porém, ela é só uma ferramenta, se não houvesse a vontade do povo e as inspriações no país vizinho os portestos nem sequer começariam. Nós mesmos somos um exemplo de que derrubamos uma ditadura no grito e sem redes sociais. Então mais uma vez eu digo que são somente ferramentas facilitadoras da vontade do povo e não porque sem elas, isso não ocorreria.


A ferramenta do desenhista é o lápis e ferramenta do mundo é a internet, só basta saber para que e como utilizá-la, ela sozinha, assim como um lápis, não serve para muita coisa.

#prontofalei

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