segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mobilidade: fim e não meio

Acho muito interessante toda essa tecnologia de mobilidade e web 2.0 3.0 e sei lá mais quantos zeros… mas aqui vai um lance bem interessante qual é o (real) alcance destas mídias? Não estamos avançando muito com o carro na frente dos bois e nos esquecendo de admirar a bela paisagem do passeio?

Vejo alguns posts falando de toda a mobilidade que os celulares trazem e das maravilhas tecnológicas e que não podem viver sem eles e que isso e aquilo, mas a minha real indagação é que não temos acesso fácil a isso, e estou falando de uma tecnologia que poderia ser muito mais desenvolvida e disseminada se fosse mais barata.

Carros não poluentes são um belo exemplo: todo mundo gostaria de ter um, mas eles são muito caros para se produzir, e só ficarão mais baratos à medida que as pessoas comprarem…enfim a mesma roda viva de sempre.

Com os smartphones é a mesma coisa, quem tem dinheiro para pagar R$: 1.500,00 por um IPhone subsidiado pela operadora com uma conta pós-paga de 120 reais! O IPone deve ser realmente a oitava maravilha do mundo assim como o meu IPod Classic foi a revolução da minha vida, mas é só parar um pouco para refletir que ainda não vale a pena produzir conteúdo para este nicho do nicho. Nossa realidade é muito diferente dos EUA.

Isso que não estou contando com os 70% dos usuários mais abastados, que devem gastar um salário mínimo de conta de celular e ganham o smartphone, mas são apenas migrantes (que nasceram antes do computador pessoal existir) e não be born (que já são familiarizados com a tecnologia) e acabam não aproveitando nem 1% do que o smartphone oferece.

Por outro lado, temos a enxurrada de chingphones que surgem em cada santa Ifigênia da esquina e que resolvem a vida do usuário da tecnologia que só pode gastar $15 de créditos no celular pré-pago, mas que aproveita infinitamente melhor os recursos que este pode oferecer. Conheci pessoas que tem este celular e entram em locais com wifi para usar o MSN, ou que ligam o roteador sem fio para usar o Messenger na sala já que o irmão mais velho está no quarto usando o computador, ou de pessoas que baixam livros em pdf pra ler nesses telefones. TV analógica gratuita passando nos trens, entre outras coisas.

Nenhum deles precisou de um IPhone ou de um kindle, mas precisou da mobilidade e das tecnologias, cada um no seu caminho chegou ao mesmo ponto.

Ao invés de bradar aos 4 ventos a tecnologia que o IPhone tem ou as funcionalidades que o novo Blackberry possui e as campanhas lançadas para IPhone, as revistas e os programas que rodam no Kindle, poderia-se olhar um pouquinho para a paisagem do entorno para perceber que estamos inundados de chingphones que não são IPhone mas têm inúmeras funcionalidades que resolvem a vida do usuário.

Precisamos parar de pensar na forma que iremos veicular uma propaganda, ou ser o primeiro em fazer tal coisa para tal aplicativo e ater-se ao modelo mental do usuário, como ele chega ao que ele quer.

Idéias: pensar no fim e não no meio, soluções para a mobilidade paralela.

** Mais uma vez digo aqui que esta é apenas a minha opinião que só terá valor se alguém aceitá-la ou criticá-la e é para isso que espalho estas idéias.**

Um comentário:

  1. oi, vc deixou um comentário no blog da BordaGato e eu fiquei bem interessada. Não sei qual a sua disponibilidade e nem se vc teria interesse de nos ajudar de uma forma free, pois não temos como pagar pelos serviços, visto que nosso lucro é muito baixo, uma vez que doamos boa parte de nossas vendas para a proteção animal. Mas enfim, se vc se afina com a causa dos felinos, me escreve: bordagato@yahoo.com.br e conversamos.
    obrigada, um abraço

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